O Calendário
Gregoriano é um calendário que teve a sua origem na Europa no século XV,
promulgado pelo Papa Gregório XIII (1502-1585) em 24 de Fevereiro do ano 1582, em
substituição ao calendário juliano, mais antigo, implantado pelo líder romano
Júlio César (100 a.C.- 44 a.C.) em 46 a.C., sendo utilizado oficialmente pela
maioria dos países.
Até o ano 46
antes de Cristo, vigorava em Roma um calendário dividido em 355 dias,
distribuídos em 12 meses. Essa estrutura do ano civil sofria um sério desajuste
ao longo do tempo: as estações do ano passavam a ocorrer em datas diferentes,
porque o calendário não correspondia ao ano solar.
Em 46 a.C.,
Júlio César, o ditador da República Romana, decidiu reformar o calendário para
readequá-lo ao tempo natural. A reforma juliana teve duas etapas: na primeira,
estabeleceu-se que o ano de 46 a.C. teria 15 meses e um total de 455 dias para
compensar a defasagem (aquele ficou conhecido pelos romanos, e com toda a
razão, como o “ano da confusão”). A segunda etapa da reforma consistiu em
adotar, a partir de 45 a.C., um ano composto por 365 dias e 6 horas, divididos
em 12 meses. Para compensar as 6 horas excedentes de cada ano, seria incluído
um dia a mais em fevereiro a cada 4 anos.
A reforma
juliana melhorou a situação, mas a defasagem entre o ano do calendário e o ano
natural permanecia, em consequência do movimento de elipse que a Terra faz ao
redor do Sol. No século XV, por exemplo, o calendário juliano já estava
atrasado cerca de uma semana em relação ao Sol. O equinócio[1] da
primavera no Hemisfério Norte caía por volta de 12 de março, em vez do dia 21.
Em 1545, o
Concílio de Trento[2]
determinou a realização de alterações no calendário da Igreja, o Papa Gregório
XIII reuniu um grupo de especialistas a fim de corrigir o calendário juliano, com o
objetivo de regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e adequar a data da Páscoa ao equinócio da primavera no Hemisfério Norte, desfazendo
assim o erro de 10 dias existente na época, portanto, do dia 4 de outubro de
1582, saltou-se para o dia 15 de outubro.
Os anos
seculares só são considerados bissextos se forem divisíveis por 400. Essa regra
suprimia três anos bissextos a cada quatro séculos, deixando o calendário
gregoriano suficientemente preciso e eliminando o atraso de três dias a cada
400 anos, que ocorria no calendário juliano.
Corrigiu-se
também a medição do ano solar, passando a medir um ano gregoriano em uma média
de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, ou seja 27 segundos a mais do
que o ano trópico.
Mesmo com todas
estas mudanças, o calendário gregoriano ainda apresenta alguns defeitos, tanto
sob o ponto de vista astronômico, como no seu aspecto prático. Por exemplo, o ano
do calendário gregoriano ainda tem cerca de 26 segundos a mais que o período
orbital da Terra. Esta falha, no entanto, só acumula um dia a mais a cada 3.323
anos.
O número de dias
de cada mês é irregular (28 a 31 dias), além disso, a semana, adotada quase
universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos
meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a
distribuição racional do trabalho e dos salários.
Outro problema é
a mobilidade da data da Páscoa, que oscila entre 22 de março e 25 de abril,
dificultando a organização da duração dos trimestres escolares e de numerosas
outras atividades econômicas e sociais.
Os primeiros
países a adotar o calendário foi Portugal, Espanha, Itália e Polônia; e assim
sucedeu-se a maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o luteranismo e o
anglicanismo demoraram mais a adotá-lo.
Na Europa, os
últimos países que adotaram o calendário gregoriano foram a Grécia, em 1923, e
a Turquia, em 1926. Antes, como parte do Império Otomano[3],
seguia-se nessas regiões o calendário muçulmano, que tem base lunar.
Alguns povos
ainda conservam outros calendários para uso religioso inclusive com cronologia
diferente da adotada pela Igreja Católica Romana, que conforme proposta feita
por Dionísius Exiguus[4]
(470 – 544), monge romeno, o marco inicial da cronologia cristã tem como data o
ano do nascimento de Cristo.
Por praticidade,
o calendário gregoriano é hoje adotado como convenção para demarcar o ano civil
em praticamente todo o planeta. Essa unificação, além de facilitar o
relacionamento entre os países, se deve em grande parte à exportação histórica
dos padrões europeus para o resto do mundo.
O calendário
gregoriano se divide em 12 meses, sendo que Janeiro, Março, Maio, Julho,
Agosto, Outubro e Dezembro possuem 31 dias, e os demais, Abril, Junho, Setembro
e Novembro, 30 dias, com exceção do mês de fevereiro que oscila entre 28 e 29
dias, a depender dos anos bisextos.
O Dia: é a
unidade fundamental de tempo adotada pelo calendário gregoriano, sendo
equivalente a 86.400 segundos de Tempo Atômico Internacional[5] (TAI).
Já a Semana é um período de 7 dias.
Meses e seus significados:
Janeiro: Jano, deus romano das portas, passagens, inícios e fins.
Fevereiro: Februus, deus etrusco da morte; Februarius (mensis), “Mês da purificação” em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 45 a. C.. Relacionado com a palavra “febre”.
Março: Marte, deus romano da guerra.
Abril: É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
Maio: Maia Maiestas, deusa romana.
Junho: Juno, deusa romana, esposa do deus Júpiter.
Julho: Júlio César, general romano. O mês era anteriormente chamado Quintilis, o quinto mês do calendário de Rómulo.
Agosto: Augusto, primeiro imperador romano. O mês era anteriormente chamado Sextilis, o sexto mês do calendário de Rómulo.
Setembro: septem, “sete” em latim; o sétimo mês do calendário de Rómulo.
Outubro: octo, “oito” em latim; o oitavo mês do calendário de Rómulo.
Novembro: novem, “nove” em latim; o nono mês do calendário de Rómulo.
Dezembro: decem, “dez” em latim; o décimo mês do calendário de Rómulo.
Fevereiro: Februus, deus etrusco da morte; Februarius (mensis), “Mês da purificação” em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 45 a. C.. Relacionado com a palavra “febre”.
Março: Marte, deus romano da guerra.
Abril: É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
Maio: Maia Maiestas, deusa romana.
Junho: Juno, deusa romana, esposa do deus Júpiter.
Julho: Júlio César, general romano. O mês era anteriormente chamado Quintilis, o quinto mês do calendário de Rómulo.
Agosto: Augusto, primeiro imperador romano. O mês era anteriormente chamado Sextilis, o sexto mês do calendário de Rómulo.
Setembro: septem, “sete” em latim; o sétimo mês do calendário de Rómulo.
Outubro: octo, “oito” em latim; o oitavo mês do calendário de Rómulo.
Novembro: novem, “nove” em latim; o nono mês do calendário de Rómulo.
Dezembro: decem, “dez” em latim; o décimo mês do calendário de Rómulo.
Fonte:
[1] O equinócio é um estágio
intermediário entre o solstício de verão e o de inverno em determinado
hemisfério. Ou seja, o equinócio ocorre quando a incidência maior de luz solar
se dá exatamente sobre a linha do Equador. http://www.infoescola.com/geografia/solsticio-e-equinocio/
[2] Concílio de Trento é o nome
de uma reunião de cunho religioso (tecnicamente denominado concílio ecumênico)
convocada pelo papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na área do Tirol
italiano. Com o surgimento e consequente expansão do protestantismo profundas
modificações atingiram a Igreja Católica. Uma reação a tal expansão,
vulgarmente denominada "Contra-Reforma" foi guiada pelos papas Paulo
III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V, buscando combater a
expansão da Reforma Protestante. Além da reorganização de várias comunidades
religiosas já existentes, outras foram criadas, dentre as quais a Companhia de
Jesus ou Ordem dos Jesuítas, tendo como fundador Santo Inácio de Loyola. O
Concílio tinha como objetivo estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos.
Em tal concílio, os teólogos mais famosos da época elaboraram os decretos, que
depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas. http://www.infoescola.com/historia/concilio-de-trento/
[3] Fruto da expansão dos árabes,
o Império Turco-Otomano foi consolidado no século XIII graças a vitórias
militares do guerreiro Otoman I (1258-1324). Oriundos da tribo de Ghuzz,
situada no atual Cazaquistão, os otomanos empreenderam um longo processo de
expansão territorial que dominou regiões da Europa, Oriente Médio e norte da
África. Liderados por Ertogrul (1190 – 1281), o processo de expansão foi
iniciado com a conquista da Ásia Menor. http://historiadomundo.uol.com.br/turca/imperio-otomano.htm
[4] Dionísio Exíguo (em latim:
Dionysius Exiguus; Cítia Menor, c. 470 — c. 544), também conhecido por
Dionísio, o Exíguo (ou seja Dionísio o Menor, significando o Humilde), foi um
monge do século VI, nascido na Cítia Menor, no que é actualmente a região de
Dobruja, Roménia, membro da chamada comunidade dos monges da Cítia em Roma,
versado em matemática e em astronomia, que se celebrizou pela criação de um
conjunto de tabelas para calcular a data da Páscoa, levando à introdução do
conceito de anno Domini, o ano do Senhor, a contagem dos anos a partir do nascimento
de Cristo, ainda em uso e wikt:hodiernamente em geral referida como era comum
ou Era Cristã. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dion%C3%ADsio,_o_Ex%C3%ADguo
[5] Os relógios atômicos são
responsáveis por manter o Tempo Atômico Internacional (TAI), que é usado para
definir o Tempo Universal Coordenado (UTC), também conhecido como “tempo
civil”, que é o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas
as outras zonas horárias do mundo, sendo o sucessor do Tempo Médio de Greenwich
(GMT). http://www.infoescola.com/curiosidades/relogio-atomico/