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sexta-feira, 18 de março de 2016

Calendário Gregoriano – a demarcação do ano civil





O Calendário Gregoriano é um calendário que teve a sua origem na Europa no século XV, promulgado pelo Papa Gregório XIII  (1502-1585) em 24 de Fevereiro do ano 1582, em substituição ao calendário juliano, mais antigo, implantado pelo líder romano Júlio César (100 a.C.- 44 a.C.) em 46 a.C., sendo utilizado oficialmente pela maioria dos países.

Até o ano 46 antes de Cristo, vigorava em Roma um calendário dividido em 355 dias, distribuídos em 12 meses. Essa estrutura do ano civil sofria um sério desajuste ao longo do tempo: as estações do ano passavam a ocorrer em datas diferentes, porque o calendário não correspondia ao ano solar.

Em 46 a.C., Júlio César, o ditador da República Romana, decidiu reformar o calendário para readequá-lo ao tempo natural. A reforma juliana teve duas etapas: na primeira, estabeleceu-se que o ano de 46 a.C. teria 15 meses e um total de 455 dias para compensar a defasagem (aquele ficou conhecido pelos romanos, e com toda a razão, como o “ano da confusão”). A segunda etapa da reforma consistiu em adotar, a partir de 45 a.C., um ano composto por 365 dias e 6 horas, divididos em 12 meses. Para compensar as 6 horas excedentes de cada ano, seria incluído um dia a mais em fevereiro a cada 4 anos.

A reforma juliana melhorou a situação, mas a defasagem entre o ano do calendário e o ano natural permanecia, em consequência do movimento de elipse que a Terra faz ao redor do Sol. No século XV, por exemplo, o calendário juliano já estava atrasado cerca de uma semana em relação ao Sol. O equinócio[1] da primavera no Hemisfério Norte caía por volta de 12 de março, em vez do dia 21.

Em 1545, o Concílio de Trento[2] determinou a realização de alterações no calendário da Igreja, o Papa Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas a fim de corrigir o calendário juliano, com o objetivo de regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e adequar a data da Páscoa ao equinócio da primavera no Hemisfério Norte, desfazendo assim o erro de 10 dias existente na época, portanto, do dia 4 de outubro de 1582, saltou-se para o dia 15 de outubro.

Os anos seculares só são considerados bissextos se forem divisíveis por 400. Essa regra suprimia três anos bissextos a cada quatro séculos, deixando o calendário gregoriano suficientemente preciso e eliminando o atraso de três dias a cada 400 anos, que ocorria no calendário juliano.

Corrigiu-se também a medição do ano solar, passando a medir um ano gregoriano em uma média de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, ou seja 27 segundos a mais do que o ano trópico.

Mesmo com todas estas mudanças, o calendário gregoriano ainda apresenta alguns defeitos, tanto sob o ponto de vista astronômico, como no seu aspecto prático. Por exemplo, o ano do calendário gregoriano ainda tem cerca de 26 segundos a mais que o período orbital da Terra. Esta falha, no entanto, só acumula um dia a mais a cada 3.323 anos.

O número de dias de cada mês é irregular (28 a 31 dias), além disso, a semana, adotada quase universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a distribuição racional do trabalho e dos salários.

Outro problema é a mobilidade da data da Páscoa, que oscila entre 22 de março e 25 de abril, dificultando a organização da duração dos trimestres escolares e de numerosas outras atividades econômicas e sociais.

Os primeiros países a adotar o calendário foi Portugal, Espanha, Itália e Polônia; e assim sucedeu-se a maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o luteranismo e o anglicanismo demoraram mais a adotá-lo.

Na Europa, os últimos países que adotaram o calendário gregoriano foram a Grécia, em 1923, e a Turquia, em 1926. Antes, como parte do Império Otomano[3], seguia-se nessas regiões o calendário muçulmano, que tem base lunar.

Alguns povos ainda conservam outros calendários para uso religioso inclusive com cronologia diferente da adotada pela Igreja Católica Romana, que conforme proposta feita por Dionísius Exiguus[4] (470 – 544), monge romeno, o marco inicial da cronologia cristã tem como data o ano do nascimento de Cristo.

Por praticidade, o calendário gregoriano é hoje adotado como convenção para demarcar o ano civil em praticamente todo o planeta. Essa unificação, além de facilitar o relacionamento entre os países, se deve em grande parte à exportação histórica dos padrões europeus para o resto do mundo.

O calendário gregoriano se divide em 12 meses, sendo que Janeiro, Março, Maio, Julho, Agosto, Outubro e Dezembro possuem 31 dias, e os demais, Abril, Junho, Setembro e Novembro, 30 dias, com exceção do mês de fevereiro que oscila entre 28 e 29 dias, a depender dos anos bisextos.

O Dia: é a unidade fundamental de tempo adotada pelo calendário gregoriano, sendo equivalente a 86.400 segundos de Tempo Atômico Internacional[5] (TAI). Já a Semana é um período de 7 dias.

Meses e seus significados:

Janeiro: Jano, deus romano das portas, passagens, inícios e fins.
Fevereiro: Februus, deus etrusco da morte; Februarius (mensis), “Mês da purificação” em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 45 a. C.. Relacionado com a palavra “febre”.
Março: Marte, deus romano da guerra.
Abril: É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
Maio: Maia Maiestas, deusa romana.
Junho: Juno, deusa romana, esposa do deus Júpiter.
Julho: Júlio César, general romano. O mês era anteriormente chamado Quintilis, o quinto mês do calendário de Rómulo.
Agosto: Augusto, primeiro imperador romano. O mês era anteriormente chamado Sextilis, o sexto mês do calendário de Rómulo.
Setembro: septem, “sete” em latim; o sétimo mês do calendário de Rómulo.
Outubro: octo, “oito” em latim; o oitavo mês do calendário de Rómulo.
Novembro: novem, “nove” em latim; o nono mês do calendário de Rómulo.
Dezembro: decem, “dez” em latim; o décimo mês do calendário de Rómulo.

Fonte:




[1] O equinócio é um estágio intermediário entre o solstício de verão e o de inverno em determinado hemisfério. Ou seja, o equinócio ocorre quando a incidência maior de luz solar se dá exatamente sobre a linha do Equador. http://www.infoescola.com/geografia/solsticio-e-equinocio/
[2] Concílio de Trento é o nome de uma reunião de cunho religioso (tecnicamente denominado concílio ecumênico) convocada pelo papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na área do Tirol italiano. Com o surgimento e consequente expansão do protestantismo profundas modificações atingiram a Igreja Católica. Uma reação a tal expansão, vulgarmente denominada "Contra-Reforma" foi guiada pelos papas Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V, buscando combater a expansão da Reforma Protestante. Além da reorganização de várias comunidades religiosas já existentes, outras foram criadas, dentre as quais a Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas, tendo como fundador Santo Inácio de Loyola. O Concílio tinha como objetivo estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos. Em tal concílio, os teólogos mais famosos da época elaboraram os decretos, que depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas. http://www.infoescola.com/historia/concilio-de-trento/
[3] Fruto da expansão dos árabes, o Império Turco-Otomano foi consolidado no século XIII graças a vitórias militares do guerreiro Otoman I (1258-1324). Oriundos da tribo de Ghuzz, situada no atual Cazaquistão, os otomanos empreenderam um longo processo de expansão territorial que dominou regiões da Europa, Oriente Médio e norte da África. Liderados por Ertogrul (1190 – 1281), o processo de expansão foi iniciado com a conquista da Ásia Menor. http://historiadomundo.uol.com.br/turca/imperio-otomano.htm
[4] Dionísio Exíguo (em latim: Dionysius Exiguus; Cítia Menor, c. 470 — c. 544), também conhecido por Dionísio, o Exíguo (ou seja Dionísio o Menor, significando o Humilde), foi um monge do século VI, nascido na Cítia Menor, no que é actualmente a região de Dobruja, Roménia, membro da chamada comunidade dos monges da Cítia em Roma, versado em matemática e em astronomia, que se celebrizou pela criação de um conjunto de tabelas para calcular a data da Páscoa, levando à introdução do conceito de anno Domini, o ano do Senhor, a contagem dos anos a partir do nascimento de Cristo, ainda em uso e wikt:hodiernamente em geral referida como era comum ou Era Cristã. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dion%C3%ADsio,_o_Ex%C3%ADguo
[5] Os relógios atômicos são responsáveis por manter o Tempo Atômico Internacional (TAI), que é usado para definir o Tempo Universal Coordenado (UTC), também conhecido como “tempo civil”, que é o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo, sendo o sucessor do Tempo Médio de Greenwich (GMT). http://www.infoescola.com/curiosidades/relogio-atomico/

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