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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Somos iguais ou diferentes?


Durante a adolescência o ser humano luta para ser igual, deseja entrar para o grupo dos iguais. O adolescente sofre terrivelmente quando não é aceito pelo grupo, devido a algo diferente em seu corpo, sua personalidade, seu modo de ser. A partir disso, ele passa a negar-se a si mesmo e vai em busca do comum, seu desejo agora é ser igual aos amigos, quer se vestir de forma igual, ter o cabelo azul, ter os mesmos aparelhos eletrônicos, jogar os mesmos jogos, visitar os mesmos lugares, e assim por diante.

Em um determinado momento ele cresce, evolui em seu pensamento crítico, passa a ter opiniões próprias, nasce então o desejo de ser notado, inicia-se todo um processo de querer ser diferente dos demais, seu desejo agora é o de se destacar. Ele não quer mais ser igual, ele quer ser melhor. Então ele vai em busca do seu sonho, passa a vestir-se de forma diferente, muda o cabelo, conhece lugares diferentes e neste caso específico, quanto mais diferente o local visitado, melhor ele se sente. Além disso, ele defende veementemente suas escolhas e as considera melhores que as dos outros, e tenta convencê-los a fazerem.... o mesmo. Mas, ao mesmo tempo em que tenta padronizar seu semelhante, dá as costas à sua diferença de escolha.

O ser humano é interessante e merece ser estudado, sua interação com a sociedade é extremamente variável, tudo é subjetivo, relativo e medido por comparação, somos todos iguais mas queremos ser diferentes, no entanto, quando somos tratados como diferentes lutamos para ser tratados como iguais, ninguém sabe ao certo o que somos e o que queremos, talvez o que queremos realmente é ser aceitos da maneira que somos, e somos o que somos querendo ou não. Mas por que será que temos tanta necessidade de aceitação? Será medo do esquecimento, da rejeição?

Se esse for o problema, então na realidade não crescemos, continuamos com os mesmos medos bobos da adolescência. E estamos aí para provar que não sabemos nada da vida e nem de nós mesmos, e estaremos sempre tentando algo novo em relação aos nossos próprios conceitos e desejos. A relação humana padece de originalidade, uma vez que a originalidade é ser diferente, e o mundo globalizado tende a generalizar a mesmice, tornando a sociedade desinteressante.

É preciso nos redescobrir e nos revestir da personalidade sem estereótipos ou padronizações. A preocupação excessiva em ser aceito na sociedade provoca um ambiente enfadonho e desestimulante, entretanto, quem for dela vítima, mesmo que sofra, estará exercendo nada mais do que o seu próprio direito de ser quem é, afinal, todos somos diferentes, mas no fundo todos nós desejamos que todas as pessoas sejam igualmente diferentes como nós.

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