A palavra é derivada de Thanatos (em grego, θάνατος: "morte"), deus da mitologia grega que personificava a morte, mais o sufixo logia, que deriva do grego legein (Λογια: "falar") e significa estudo.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Tanatologia
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Juramento de Hipócrates
"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me
ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar
meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se
eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso
escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do
ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os
regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o
meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.
A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem
um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma
substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso
confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes,
mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos
prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da
profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja
preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me
seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre
entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário
aconteça."
Acredita-se que
o célebre Juramento de Hipócrates é de autoria de Hipócrates ou de um de seus
discípulos.
Hipócrates, o
Pai da Medicina, nasceu na Grécia, em
Cós, uma ilha grega do Dodecaneso, em 460 a.C. Ele viveu na mesma época que os
grandes filósofos gregos Sócrates e Platão. Lutou contra a cura por meio
da magia e superstição muito difundida naquela época e desenvolveu a prática de
três tipos de tratamento: a sangria, o purgante e a dieta.
A medicina, se
desenvolveu com a descoberta de outras ciências como a biologia, a física, a
química, além da própria sociedade em si e todos os seus avanços tecnológicos,
de forma que temos a ciência que conhecemos atualmente.
Segundo o
dicionário[1]
Juramento é o ato de fazer uma
afirmação ou promessa solene em que se invoca por testemunho uma coisa ou
entidade tida como sagrada. O Juramento de Hipócrates é a declaração
solene tradicionalmente feita por médicos por ocasião de sua formatura e
é amplamente reconhecido e utilizado pelos médicos por estar repleto de
sabedoria e ética.
Os recém
formados iniciam o juramento demonstrando gratidão pelos mestres que lhe
ensinaram a profissão, seguindo com declarações que são sustentadas pelos "Princípios Fundamentais" do atual Código de Ética Médica.
I - A Medicina
é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será
exercida sem discriminação de nenhuma natureza.
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual
deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus
conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.
VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser
humano e atuará sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos
para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para
permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.
XI - O médico guardará sigilo a respeito das
informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com
exceção dos casos previstos em lei.
Em conformidade com o Juramento, o Código de Ética Médica também determinou a responsabilidade do
profissional, sendo vedado ao médico, dentre várias outras coisas:
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão,
caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.
Art. 13. Deixar de esclarecer o paciente sobre as
determinantes sociais, ambientais ou profissionais de sua doença.
Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou
de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser
realizado, salvo em caso de risco iminente de morte.
Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou
consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou
sob qualquer pretexto.
Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do
direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como
exercer sua autoridade para limitá-lo.
Fontes:
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-historia-medicina.htm
Código de Ética Médica - Resolução CFM Nº 1931/2009
Código de Ética Médica - Resolução CFM Nº 1931/2009
Suicídio
Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo. Isso representa uma morte a cada 40 segundos.
Fonte: http://www.ebc.com.br/
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
O Ensino da Hemoterapia na Formação Médica
A hemoterapia tem sido utilizada na sociedade moderna por mais de 100 anos e atualmente representa o procedimento mais comum utilizado no mundo todo, tendo sido classificada como um dos cinco procedimentos utilizados de forma excessiva e desnecessária. Somente nos Estados Unidos, cerca de 60 a 70% das transfusões de sangue e derivados são inadequadas ou não indicadas.
O mau uso e o uso excessivo dos componentes do sangue, bem como as sequelas resultantes do uso inapropriado, aumentam consideravelmente o risco de morbidade.
Embora haja um consenso entre os profissionais da saúde de que a transfusão possa melhorar o resultado clínico de certos pacientes, estudos mostram que o uso restritivo da transfusão têm demonstrado um resultado mais benéfico em relação às terapias convencionais.
O uso clínico apropriado do sangue e derivados requer um conhecimento teórico profundo e prático da hemoterapia, pois trata-se de um procedimento complexo que exige conhecimentos específicos em todo seu processo.
O aumento da preocupação com os efeitos adversos associados à transfusão de sangue trouxe um crescente entusiasmo pelas técnicas de conservação e gerenciamento do sangue, abrindo uma grande oportunidade para a introdução dessas novas técnicas na educação médica.
De forma que rever a formação dos profissionais médicos, investindo em capacitação permanente e atualização constante, torna-se essencial para a qualidade do profissional e para a qualidade dos cuidados com o paciente.
O conhecimento dos estudantes de medicina trará mais segurança em termos cirúrgicos, os pacientes obterão melhores resultados, haverá uma diminuição das infecções e das doenças transmissíveis, reduzirá o tempo das intermações hospitalares e a mortalidade.
Sendo a transfusão de sangue um dos tratamentos mais utilizados no mundo e tendo em vista o alto índice de complicações graves e mortalidade resultante das transfusões, surge uma questão: Por que são dedicadas tão poucas horas ao estudo da Hemoterapia nos cursos de medicina?
A inclusão da disciplina Hemoterapia nos cursos de graduação em Medicina, favorece um estudo pormenorizado dos hemocomponentes e hemoderivados, da medicina transfusional, seus benefícios e malefícios, riscos e índices de mortalidade e das técnicas de gerenciamento e conservação do sangue.
Estudos recentes mostram que “mais de 70% das escolas médicas dedicavam menos de duas horas de seu tempo ao estudo das práticas transfusionais, sendo que o restante das escolas não dedicavam tempo algum para o tema.”[1] Segundo a American Medical Association and The Joint Commission (2012), a transfusão de sangue é o quinto tratamento mais utilizado no mundo, sendo que a incidência de complicações graves e de mortalidade é altíssima. Há um excesso de transfusões desnecessárias realizadas de forma contínua, trazendo inúmeras complicações, longas internações hospitalares, infecções e mortes. Desta forma, sendo a transfusão de sangue um procedimento complexo e de alto risco, é imprescindível uma educação profunda e específica para uma atuação profissional competente.
A falta de conhecimento em procedimentos terapêuticos pode reduzir a segurança nos centros cirúrgicos e causar danos significativos aos pacientes.
Segundo O’Brien et al., verifica-se um grande déficit no conhecimento da hemoterapia:
“A medicina transfusional é uma importante e complexa subespecialidade da patologia. A transfusão envolve riscos e benefícios consideráveis. Embora exista um treinamento colaborativo na medicina transfusional, a maioria das decisões em transfundir são realizadas por médicos sem nenhum treinamento formal.”[2] (tradução livre)
Para Karafin et al., se as escolas médicas não oferecerem treinamento hemoterápico adequado pela prática baseada em evidências, o uso das transfusões será sempre à critério de profissionais que se basearão em experiências clínicas individuais, onde erros continuarão a ocorrer. Para tanto faz-se necessário um treinamento médico em todos os estágios na educação da medicina transfusional, que afirma que:
“É preciso aumentar o número de atividades educacionais para médicos e outros profissionais da saúde de modo a desenvolver programas efetivos de gerenciamento do sangue do próprio paciente.”[3] (tradução livre)
[1] Avaliação e Auditoria e A transfusão de sangue no Brasil e no mundo. Aula ministrada pelo Dr. Enis Donizetti Silva em 25/03/2015.
[2] O'Brien, K. L., Champeaux, A. L., Sundell, Z. E., Short, M. W. And Roth, B. J. (2010), Transfusion medicine knowledge in Postgraduate Year 1 residents. Transfusion, 50: 1649–1653.
[3] Karafin, M. S. And Bryant, B. J. (2014), Transfusion medicine education: an integral foundation of effective blood management. Transfusion, 54: 1208–1211. Doi:10.1111/trf.12658.
Bibliografia:
FLAUSINO, Gustavo de Freitas; NUNES, Flávio Ferreira; CIOFFI, Júnia Guimarães Mourão; PROIETTI, Anna Bárbara de Freitas Carneiro.2015. Teaching transfusion medicine: current situation and proposals for proper medical training. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4318849/> Acesso em: 26/11/2015.
GOMES, Romeu; BRINO, Rachel de Faria; AQUILANTE, Aline Guerra; AVÓ, Lucimar Retto da Silva de. 2009. Aprendizagem Baseada em Problemas na formação médica e o currículo tradicional de Medicina: uma revisão bibliográfica.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022009000300014≻ript=sci_arttext> Acesso em: 26/11/2015.
KARAFIN, M. S.; BRYANT, B. J. (2014), Transfusion medicine education: an integral foundation of effective blood management. Transfusion, 54: 1208–1211. Doi:10.1111/trf. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/enhanced/doi/10.1111/trf.12658/> Acesso em: 26/11/2015.
O'BRIEN, K. L.; CHAMPEAUX, A. L.; SUNDELL, Z. E.; SHORT, M. W.; ROTH, B. J. (2010), Transfusion medicine knowledge in Postgraduate Year 1 residents.Transfusion, 50: 1649–1653. Doi: 10.1111/j.1537-2995.2010.02628. X. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1537-2995.2010.02628.x/abstract;jsessionid=607DF8CEF421E30ECC1BD508369E68DE.f01t03> Acesso em: 26/11/2015.
MAIA, José Antônio. Metodologias problematizadoras em currículos de graduação médica. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextπd=S0100-55022014000400018&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 26/11/2015.
SILVA, Karla F. N.; SOARES, Sheila; IWAMOTO, Helena H. 2009. A prática transfusional e a formação dos profissionais de saúde. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v31n6/aop9309.pdf> Acesso em: 26/11/2015.
SILVA, Enis Donizetti. Avaliação e Auditoria e A transfusão de sangue no Brasil e no mundo. Aula ministrada pelo Dr. Enis Donizetti Silva em 25/03/2015. Disponível em: <https://saespcongressos.org.br/aulas_PEC_programa_de_educacao_continuada_transfusao#Artigos_mais_revelantes> Acesso em: 26/11/2015.
STRAUSS, Ronald G. Transfusion Medicine Education in Medical School: only the first of successive steps to improving patient care. Volume 50 (8), 2010. Disponível em: <https://www.deepdyve.com/lp/wiley/transfusion-medicine-education-in-medical-school-only-the-first-of...; Acesso em: 26/11/2015.
O Pensador
O Pensador (francês: Le Penseur) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pensador
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pensador
O que é Ética?
No mundo do trabalho e no mundo da vida, a todo momento somos confrontados com a necessidade de escolher. A vida bem sucedida depende de uma adequada escolha dos princípios e valores que vamos seguir. Ética é justamente a atividade de escolher o melhor caminho entre todos os possíveis.
Fonte: http://www.espacoetica.com.br/
Fonte: http://www.espacoetica.com.br/
Ética, Bioética e Biodireito – O que é certo e errado?
O desenvolvimento humano e tecnológico trouxe impactos socioeconômicos, ambientais, éticos, morais e religiosos, trazendo questões que dividem opiniões, uma vez que cada indivíduo possui sua própria concepção do que é certo ou errado. Como então resolver esses conflitos?
Estudar os princípios da ética, da bioética e do Biodireito é entender que não há um saber absoluto, é o estudo transdisciplinar, que transcende aos diversos campos cognitivos produzindo um novo saber, expandindo o conhecimento disciplinar, ampliando e trazendo para o mundo dos fatos, ou seja, da realidade sem fórmulas.
Debater temas polêmicos como: eutanásia, distanásia, ortotanásia, aborto, clonagem humana, alimentos transgênicos, biotecnologia, transplante de órgãos e tecidos humanos, transfusão de sangue e opções terapêuticas, células-tronco, reprodução assistida, anencefalia, dentre outros, é fundamental para desenvolver o raciocínio lógico, a compreensão empática, o pensamento crítico, obter entendimento diante de diferentes pontos de vista, melhorar o relacionamento interpessoal, promover a responsabilidade social, estimular a compaixão, ensinar o respeito à dignidade da pessoa humana em todos os aspectos, além de despertar a reflexão sobre a vida e a realidade e a importância de sempre observar os dois lados da história.
As pessoas devem ser estimuladas a pensar, a desenvolver a habilidade de colocar-se no lugar do outro para entender suas necessidades, sentimentos e problemas, precisam aprender que os maiores problemas da vida deverão ser sempre debatidos em sua totalidade, compreendidos e respeitados em sua individualidade, pois sofrem uma mutação natural, decorrente do desenvolvimento humano, tecnológico e científico.
A compreensão empática deve ser estimulada para que o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana seja pilar da nossa sociedade, de modo que cada indivíduo perceba o real significado da Ética, da Bioética e do Biodireito.
Bibliografia
SOARES, Saulo Cerqueira de Aguiar; SOARES, Ivna Maria Mello; MARQUES, Herbert de Souza. Reflexões em ética, bioética e Biodireito. Âmbito Jurídico. Com. Br. Rio Grande, agosto de 2015. Disponível em: <http://www.ambito-jurídico.com.br/site/index.php?artigo_id=7601&n_link=revista_artigos_leitura> Acesso em 30/08/2015.
VIDAL, Selma Vaz; GOMES, Andréia Patrícia; MAIA, Polyana Mendes;GONÇALVES, Lucas Lacerda; RENNÓ, Lucas; MOTTA, Luís Cláudio Souza; BATISTA, Rodrigo Siqueira-Batista. A Bioética e o Trabalho na Estratégia Saúde da Família: uma Proposta de Educação. Revista Brasileira de Educação Médica. 31/07/2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbem/v38n3/12.pdf> Acesso em 30/08/2015.
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